D&D 4E – O Kit Introdutório

Olá, sou o João! O novo colaborador para o Garagem do Nerd, falarei por aqui sobre o assunto RPG! Hoje, como minha primeira publicação, irei comentar sobre a fatídica quarta edição de Dungeons & Dragons! Mais especificamente, sobre seu Kit Introdutório, lançado aqui no Brasil pela Devir.

Imaginem um jovem pré-adolescente, desajustado socialmente, apaixonado por Tolkien e outras coisas medievais, indo para a Bienal do Livro do Rio de Janeiro com o colégio e se deparando com um castelo: o estande da editora Devir que simulava um. E lá, vendendo D&D. A caixa, pelo menos a lançada aqui em terra tupiniquins, é de um papelão fraco, quase cartonado. Porém um GRANDE chamativo é a arte: a caixa simula a caixa vermelha introdutória original, inclusive a arte, mesmo que os livros dentro não.

O primeiro livro é o Livro do Jogador. Ele é um Livro-Jogo que, como uma das maiores críticas à 4E, simula um MMO: todo jogador deve ler esse livro para criar seu personagem, como um tutorial igual a todos. É aquele velho clichê que sempre funciona… Você é atacado por goblins na estrada com uma companheiro em sua carruagem. Então o jogador vai escolhendo a raça, classe, atributos, e etc, à medida que vai tomando as suas decisões.

O Livro do Mestre continua a história do Livro do Jogador. Mas agora é o DM (Dungeon Master) que narra, como uma partida de RPG normal. Os jogadores adentram o covil dos goblins, e são usados os grids e tokens, que são indispensáveis na 4E. Mas que, na minha opinião, tornam o produto muito mais completo. Esse livro traz também outras dicas para o DM, básicas, do tipo: como criar sua masmorra, como se aventurar no mundo ou como aumentar o nível dos personagens, além de um mini bestiário.

O jogo também trouxe fichas de poderes e itens para consulta rápida, em papel. Como poção de cura, e habilidades para personagens, como magias e etc, além, obviamente, de fichas de personagens. Mas esse produto tem um problema, que eu acho que ofusca muitas de suas qualidades: ele não vinha com dados! (Os dados da imagem de destaque e do início eu pus apenas para a foto) Quando me reuni com dois dos meus amigos do colégio para jogarmos dias depois da Bienal, ficamos perdidos, pois nós não tínhamos nenhuma referência porque não conhecíamos ninguém que jogava RPG de mesa. Então acabamos não jogando. Eu só voltaria a me interessar a jogar cerca de três anos depois.

Mas em geral foi um bom produto. As fotos do post são da minha caixa que ainda guardo com muito carinho. Mas a falta de dados é algo que pesa, ainda mais para crianças que não tinham noção do jogo e que queriam entrar no hobby sem nenhuma referência. Mas serviu me introduziu ao hobby, que hoje levo como um estilo de vida.